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Cachorros são treinados para detectar doença de Parkinson

28 de fevereiro de 2018
parkinson

Que os cães salvam milhares de vidas todos os dias, nós já estamos carecas de saber. Seja através de farejamento de bombas, drogas, ou de sobreviventes em desastres naturais, esses patudos são muito importantes para diversas tarefas. Entretanto, você sabia que os cães também estão sendo treinados para farejar doenças, como a doença de Parkinson, por exemplo? Como assim? Confira no artigo abaixo!


| O que é a doença de Parkinson? |

A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo debilitante que atualmente não possui um método de triagem objetivamente aprovado. Alguns dos principais sintomas quando a doença está avançada são: tremor, alterações de fala, rigidez muscular, perda de movimentos, entre outros. Os médicos só conseguem fazer um diagnóstico entrevistando o paciente e examinando sua história médica, e isso deixa muito espaço para erros e imprecisões.

| E onde os cachorros entram nessa história? |

Uma equipe de cachorros na ilha de San Juan em Washington, no entanto, pode identificar centenas de pacientes com a doença de Parkinson, simplesmente usando o  focinho.

O projeto de detecção canina da doença de Parkinson é uma iniciativa que treina 20 filhotes diferentes para cheirar a doença nas camisas das pessoas. As camisas – ou “amostras”, como são chamadas – são enviadas para o centro de treinamento da iniciativa, onde os cães podem cheirar as camisetas e determinar se pertencem a um paciente que está em risco de adquirir Parkinson.

Os voluntários do projeto descobriram que, expondo as amostras a múltiplos cães treinados para um consenso, os resultados eram precisos – apenas no final de 2017, os cães davam os resultados com uma precisão de 90% no diagnóstico.



| Como surgiu essa ideia? |

doença de parkinson

O projeto foi iniciado em 2016, quando Joy Milne, uma mulher escocesa cujo marido faleceu de Parkinson há seis anos, descobriu que conseguiu cheirar a doença em seu marido antes de ser oficialmente diagnosticado.

Uma vez que a história de Milne foi transmitida por meios de comunicação em todo o mundo, Lisa Holt, diretora de programas de Cachorros para Alerta de Parkinson (PADS), teve a ideia de treinar cães para desenvolver o mesmo tipo de habilidade.

“Todos os cães têm a habilidade, mas os cachorros bem-sucedidos costumam exibir uma grande força para o trabalho”, disse Lisa. “Existe um outro programa para treinar cães para detectar a doença de Parkinson no Reino Unido. Somos o único programa nos Estados Unidos”.

Em um estudo científico das habilidades surpreendentes de Milne, os pesquisadores descobriram que ela era capaz de cheirar o odor “oleoso” da doença ao redor do pescoço e nas região de trás de uma camiseta. Ela também era boa em detectar o odor quando o paciente usava uma camisa de 100% algodão.

Ao replicar os métodos usados ​​por Milne, Holt descobriu que os programas apresentaram resultados semelhantes.


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Ser capaz de diagnosticar a doença de Parkinson em seus estágios iniciais tem uma multiplicidade de benefícios. De acordo com Holt, “um crescente número de evidências da literatura médica descreve inúmeras vantagens que podem estar associadas à intervenção terapêutica precoce”, como sintomas reduzidos, atraso nos efeitos colaterais da medicação, atraso na progressão da doença e menor chance de desenvolver uma tolerância para a tratamento.

Enquanto Holt e a equipe PADS continuam a aprimorar a precisão e técnica dos cachorros, eles esperam que o desenvolvimento do projeto resultará em uma nova e inovadora forma de rastrear pacientes de Parkinson – e, eventualmente, salvar vidas.


Confira o vídeo sobre os cachorros que são treinados para detectar a doença de Parkinson (Vídeo em Inglês):


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